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Reflexão
Gomes Eanes de Zurara
Estátua de Gomes Eanes de Azurara, parte do pedestal do Monumento a Luis Vaz de Camões da autoria de Victor Bastos, entre 1860 e 1867, presente na Praça Luís de Camões (Lisboa). A figura de Zurara também pode ser encontrada entre as figuras representadas no Padrão dos "descobrimentos".
Gomes Eanes de Zurara (1410- 1474) foi cronista-mor do reino de Portugal, guarda-conservador da Livraria Real e da Torre do Tombo, tendo registado alguns dos momentos históricos mais marcantes do início das invasões coloniais.
Zurara era, antes de mais nada, um servo do reino e de D. Afonso V, o que justifica que os seus textos sejam bastante bajulatórios à sua figura e às suas decisões políticas, parecendo ser pouco imparcial em relação aos eventos que descrevia.
É nos textos de Zurara que se constrói o início da narrativa colonial, os seus objetivos e justificações. Contudo, o contexto do seu trabalho a serviço da coroa, provavelmente condicionado por ela, levanta questões sobre a veracidade e relevância histórica dos seus relatos.