Atlas

Arquivo de Ficção e Fricção Narrativa
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Monumento ao Esforço Colonizador
Crónica dos Feitos da Guiné (capa)
Comemorações do «Duplo Centenário»
Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro
Elevação da Cruz em Porto Seguro
Estátua Padre António Vieira
Revista O Século
Padre António Vieira (Pintura)
Lotaria Comemorativa da
Anchieta e as Feras
Mapa geral do tráfico transatlântico
Monumento ao Adamastor
Chafariz d’El-Rei (Pintura)
A Minha História dos Descobrimentos
Banco Nacional Ultramarino
Theatrum Orbis Terrarum
A Primeira Missa No Brasil
Dum Diversas
Padrão (réplica)
Filipa de Lencastre no Padrão dos
Padrão dos
Primeira Exposição Colonial Portuguesa
Mapa Cor-de-rosa
Monumento ao Esforço Colonizador
Mercado de Lagos
Crónica dos Feitos da Guiné (capa)
Gomes Eanes de Zurara
Pavilhão Portugueses no Mundo
Padrão dos
Comemorações do «Duplo Centenário»
Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro
Elevação da Cruz em Porto Seguro
Painel
Revista O Século
Mapa Portugal dos Pequenitos
Cigarros Caravela
Lotaria Comemorativa da
Mapa geral do tráfico transatlântico
Portugal não é um País Pequeno
Estiva do Navio Negreiro Brooks
Selo da Companhia do Niassa (Moçambique)
Monumento ao Adamastor
Chafariz d’El-Rei (Pintura)
A Minha História dos Descobrimentos
Banco Nacional Ultramarino
Theatrum Orbis Terrarum
Dum Diversas
Filipa de Lencastre no Padrão dos
Padrão dos
Primeira Exposição Colonial Portuguesa
Mapa Cor-de-rosa
Bandeira Nacional Portuguesa
Monumento ao Esforço Colonizador
Palácio de Cristal / Palácio das Colónias
A Soberania
Crónica dos Feitos da Guiné (capa)
Gomes Eanes de Zurara
Pavilhão Portugueses no Mundo
Orçamento geral das colónias para 1931-1932
Boletim da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro
Padrão dos
Comemorações do «Duplo Centenário»
Casa Grande & Senzala
Painel
Revista O Século
Mapa Portugal dos Pequenitos
Lotaria Comemorativa da
Mapa geral do tráfico transatlântico
Chafariz d’El-Rei
Portugal não é um País Pequeno
Selo da Companhia do Niassa (Moçambique)
Estátuas Racistas
Monumento ao Adamastor
Chafariz d’El-Rei (Pintura)
A Minha História dos Descobrimentos
Banco Nacional Ultramarino
Theatrum Orbis Terrarum
Dum Diversas
Padrão (réplica)
Filipa de Lencastre no Padrão dos
Primeira Exposição Colonial Portuguesa
Cigarros Palanca
Monumento ao Esforço Colonizador
Mercado de Lagos
Elefante Colonial
Elefante Paliteiro
Orçamento geral das colónias para 1931-1932
Casa Grande & Senzala
Pacote de açúcar Palanca
Pacote de açúcar Sical
Anchieta e as Feras
Mapa geral do tráfico transatlântico
Estiva do Navio Negreiro Brooks
Uma família brasileira no Rio de Janeiro
Pacote de açúcar
Estátuas Racistas
Banco Nacional Ultramarino
A Primeira Missa No Brasil
Dum Diversas

Navegar Conexões na Imagética Colonial

Em mapas traçamos rotas, com símbolos erguemos mitos, nas imagens construímos nações, através de histórias escravizamos os povos. Quantos ícones serão necessários para relembrar um império?


Entre caravelas, cruzes, mercadorias e bandeiras, a narrativa colonial é efectuada através da imposição dos seus símbolos.


ATLAS é um projeto de investigação artística que cruza audiovisual e design de modo a traçar o papel da imagem na formulação de narrativas coloniais eurocêntricas.


Esta pesquisa reúne materiais em exposições, instalações audiovisuais, arquivo online, conversas abertas e workshops ao público.

Através da imagem e da sua simbologia em livre associação, este arquivo online apresenta agora as suas descobertas para que as consideremos.

Descobre os Símbolos

  • Reflexão

    O Mito Religioso

    A cruz estava presente em todo o processo de colonização transatlântica, uma vez que a religião cristã foi instrumentalizada como justificação para a invasão de territórios e a escravização de povos não-cristãos.

    Desde o batismo forçado, aos padrões plantados como símbolo de conquista territorial, a cruz é o símbolo da violência católica e evangelização forçada de outros povos, nomeadamente dos povos indígenas que já viviam nas terras ocupadas pelos colonizadores.

    Em Portugal, o mito da “missão divina da colonização” continua a ser empregue até hoje.

     

    Figuras como o Padre António Vieira, José de Anchieta e Manuel da Nóbrega, jesuítas que participaram do processo de evangelização no Brasil, são lembrados enquanto “defensores dos direitos dos índios” porque acreditavam na libertação dos povos indígenas através da evangelização e conversão religiosa.

    Foi um processo de violência que forçava os povos indígenas a cortarem seus cabelos, mudarem as suas línguas, as suas roupas, os seus costumes, em troca da sobrevivência.

    Por outro lado, esta “proteção” religiosa não se aplicava a todos, uma vez que os jesuitas não pareciam ter a mesma empatia pelos escravizados negros, que eram vistos pela santa fé enquanto “selvagens” “sem alma”.

    Chamar de “defensor dos direitos humanos” aos padres jesuítas da colonização é perpetuar uma violência de apagamento do sofrimento dos povos colonizados e um erro de anacronismo histórico.

    Este mito ajuda a reforçar ideias racistas e imperialistas, que ignoram a violência da conversão religiosa forçada, genocídio e o apagamento cultural e identitário dos povos colonizados.


     

    A cruz, carregada com o simbolismo da culpa e do sofrimento, era o primeiro objeto a ser plantado sempre que os colonizadores chegavam a um novo território do fabricado “Novo Mundo”.

    Ela redimia uns e massacrava outros.

    Personificou até hoje a divisão binária do mundo ocidental: bom/mau, sagrado/profano, luz/escuridão, selvagem/civilizado, homem/mulher, natural/humano. Nós e os Outros. 




Colophon

ATLAS é um projeto desenvolvido pela estrutura de produção artística pedro&inês (Inês Costa, Thiago Liberdade), em colaboração com Thiago Gondim e Yuri Bonfim (audio) e Atelier Mútuo (web design e desenvolvimento), e Dalai (Pedro Gomes, artista convidado).

O projeto conta ainda com o apoio da HANGAR (anfitriã em Lisboa), Nuno Coelho (moderação em Lisboa), Bárbara Monteiro (registo em Lisboa), Bikini Books (anfitriã no Porto), e Willian Ferreira (registo no Porto).


O projeto ATLAS é co-financiado pela União Europeia e pela Direção Geral das Artes, e conta com o apoio da Gerador, CRL – Central Elétrica, Bikini Books, Centro de Investigação Artística – HANGAR, Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e Mestrado em Design da Imagem.

 

Os cartazes em serigrafia foram impressos pela Oficina Atalaia, no Porto. 

 

Este website está formatado em ABC Helveesti, fonte desenhada pela Dinamo com Andree Paat e publicada pela mesma em 2025; e Neureal, desenhada por Laura Csocsán e publicada pela ECAL Typefaces em 2023.

Os cartazes em serigrafia foram impressos pela Oficina Atalaia, no Porto.