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Reflexão
Mapa Cor-de-rosa
O "Mapa Cor-de-Rosa" foi o resultado da contra-proposta portuguesa à divisão dos territórios do continente africano e repartição dos mesmos pelas restantes potências europeias, durante a Conferência de Berlim (1884-85), a fim de assegurar a sua soberania nos territórios de Angola e Moçambique.
Esta investida surge da necessidade colonial de Portugal fazer frente ao crescente interesse por parte de outros países da Europa, nomeadamente frança e Inglaterra, nos territórios africanos. Portugal reclamava o "direito histórico" de ocupação, mas esse argumento provava-se cada vez mais insuficiente, uma vez que a sua presença colonial em África, apesar de antiga, se cingia a feitorias costeiras e pequeníssimos territórios ao redor dessas.
Assim, em 1886, o mapa é apresentado pela Sociedade de Geografia de Lisboa e são iniciadas expedições para o interior destes territórios, a fim de manter e alargar o poder colonial e imperial português.
A proposta do mapa acaba por ser retirada mais tarde, devido à pressão e ultimatum dado por Inglaterra, que pretendia colocar em prática um mega projecto de cronstrução de uma ferrovia que atravessaria o todo o continente africano de norte a sul, ligando o Cairo à Cidade do Cabo.
O "Mapa Cor-deRosa" coloca em evidência a ideologia colonial de expropriação e domínio sobre a terra e os povos colonizados, numa efabulação sobre o "direito" do colonizador a algo que não tem dono.