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Reflexão
Primeira Exposição Colonial Portuguesa
Desdobrável de divulgação para a primeira exposição colonial de 1934, no Porto.
A frente do folheto funciona como um convite ao sonho colonial. A utilização de figuras de pessoas originarias dos territórios colonizados bem como de fauna e flora considerados "exóticos", constrói um imaginário visual associado à colonização, que coloca na sombra as violências racistas do "império".
No verso, fica o convite mais explícito, por texto, a visitar a exposição colonial, onde Portugal promete demonstrar os "resultados brilhantes do seu esforço e actividade modernos" - numa referência às políticas coloniais e racistas vigentes na época. O texto é, tal como a imagem da frente do folheto, uma romantização e fabulação da realidade, sob forma de propaganda, onde colonização, morte, expropriação e violência colonial são inventivamente descritos como parte de políticas que impõem "a ordem, a arrumação, a disciplina-na vida social, politica, economica e financeira".
O convite é feito em português e inglês, demonstrando o interesse do Estado Novo em atrair também um público estrangeiro, através de políticas que já nesta altura iniciavam uma relação de intimidade promíscua entre Portugal, o "país do sol", com o turismo.