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Reflexão
Mercado de Lagos
O "Mercado de Escrav(izad)os" em Lagos, Faro, foi o primeiro mercado onde eram traficados e vendidas pessoas escravizadas na Europa, na era moderna.
A primeira venda de pessoas aconteceu em 1944 e é descrita na "Crónica dos Feitos da Guiné! por Gomes Eanes de Zurara.
O edifício foi inicialmente utilizado para a administração militar e, mais tarde, como alfândega. Em 2016, todo o edifício foi ocupado por um museu que integra a "Rota da Escravatura". Em 2009, escavadoras trabalhavam em Lagos na construção de um parque de estacionamento subterrâneo, numa zona perto das muralhas medievais, quando descobriram um enorme cemitério de pessoas escravizadas do século XV, com mais de 150 corpos.
Muitas das pessoas capturadas e escravizadas não resistiam às condições desumanas da viagem, e acabavam por morrer. Como não eram batizados, foram enterrados, entre o século XV e XVII, numa zona fora das muralhas de Lagos, onde na altura havia uma leprosaria e uma lixeira, hoje o vale da Gafaria.
A desumanização dos escravizados pelo colonizador era palpável até na hora da morte.