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Reflexão
Padrão dos "Descobrimentos"
Fotografia (vista de lado e noturna) do Padrão dos "descobrimentos", tirada em 1940, na Exposição do Mundo Português, em Lisboa.
O monumento, construído para a exposição colonial, depois reerguido em Belém, em 1960, e mantido no espaço público até hoje, é uma das maiores obras de propaganda do regime do Estado Novo, com o objetivo de resgatar e consolidar a narrativa colonial portuguesa e do governo de Salazar. Com 56 metros de altura e o formato de embarcação estilizada, pretende invocar a imagem da caravela e homenagear as figuras relevantes das invasões coloniais, desde reis a navegadores, padres e outras personagens históricas, procurando ser "o grito da exposição e uma síntese do nosso passado glorioso" (citação retirada de um roteiro da época).
Na vista de trás do monumento, a caravela transforma-se numa cruz, enfatizando o mito da missão colonizadora por "ordem de deus".
O monumento tem sido alvo de questionamentos e discussões sobre a sua permanência no espaço público, tendo sido grafitado e intervencionado e local de manifestações e contra-manifestações sobre as questões coloniais.