Reflexão

O Mito da Nação

Símbolo visual que representa um país ou território soberano e que por isso, representa também a identidade nacional enquanto conceito por si só.

A fabricação e efabulação histórica, que transforma o colonialismo escravocrata numa história de heróis e conquistadores, acontece pela necessidade de manutenção de sistemas opressores, muitas vezes sustentados pela ideia irrealista de “nação”.

Quem pertence e quem não pertence. 

A bandeira portuguesa tem vestígios explícitos desta história de violência, desde as cores aos seus símbolos (castelos, quinas e a esfera armilar).

A procura pela manutenção destas ideias tem sido cada vez mais defendida por grupos extremistas de direita conservadores, demonstrando a importância destes símbolos e do imaginário nacionalista, na manutenção do poder hegemónico.


 

Entre a discussão sobre as imagens e monumentos presentes no espaço público, à reformulação do último logotipo do governo para uma versão mais sintetizada, o que fica evidente é a dificuldade excessiva de falar sobre o passado colonial português na esfera pública e a constante manipulação e aproveitamento dos símbolos nacionais para reacender ideias ultra nacionalistas, imperialistas, racistas e xenófobas. 


 

O que acontece quando se questiona a identidade nacional de um país, a sua história, a sua memória? E se vivêssemos num mundo sem bandeiras, sem hinos, sem fronteiras?